Dados mostram que casos de TDAH no mundo variam entre 5 e 8%, o que afeta as salas de aula

salas de aula Esses números incluem crianças e adultos e demonstram a importância da formação de professores especializados.

Por Victoria Marques

Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o número de casos globais de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) variam entre 5 e 8%. Crianças com esse transtorno são muito afetadas em sala de aula, porque manter a concentração se torna um desafio
A coordenadora pedagógica, Juliana Montenegro: “Hoje, nós temos crianças bastante agitadas, que tendem a ser vistas como hiperativas. Porque a hiperatividade é uma necessidade de estar o tempo todo fazendo alguma coisa. Pode não ser uma hiperatividade motora, eu posso ter uma mente muito hiperativa”.
Algumas maneiras de ajudar essas crianças são a previsibilidade, fazer pausas e permitir que elas se movimentem durante a aula. Comunique ao aluno que ele está agitado, reforce comportamentos positivos e procure ignorar os não desejados.
“O professor tem que ser um lugar de acolhimento e escutativa. Ele tem que ter contato com a equipe pedagógica e com os responsáveis, isso é muito importante, é papel do professor também. E, se necessário, um profissional especializado, que é bem comum, um psicopedagogo, um psicólogo, terapeutas ocupacionais, psiconutricistas”, conclui a pedagoga.
A convicência entre alunos neurodivergentes e neurotípicos é essencial, por isso precisam estudar na mesma sala, e o brasil se tornou referência nessa questão, como explica o diretor executivo da neurosaber, Daniel Gonzales: “A gente tem hoje crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH, deficiência intelectual, síndrome de Down dentro do mesmo ambiente escola com outras crianças típicas. Então a inclusão, tem que fazer com que essas crianças se sintam acolhidas, seja na questão da rotina do dia a dia e em todas as tarefas que são desenvolvidas”.
Hoje em dia, há o reconhecimento da necessidade de procurar outras capacitações para trabalhar em sala de aula. “Em momentos de crise, temos que lembrar que nós professores, somos adultos e nós regulamos as crianças. Então, eu, como adulto, preciso regular a criança, ‘mas eu não sei o que fazer em momentos de crise das crianças’”. A área da educação sempre muda e evoluí, por isso é necessário continuar estudando para se tornar um profissional melhor.

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