Região central tem maior proporção de imóveis residenciais desocupados da cidade de São Paulo

Dados do Censo 2022 do IBGE, divulgados no dia 21 de março, mostram que a região central tem a maior proporção de imóveis residenciais desocupados da capital paulista.

Dados do Censo 2022 do IBGE, divulgados no dia 21 de março, mostram que a região central tem a maior proporção de imóveis residenciais desocupados da capital paulista. São 58,7 mil residências sem uso, cerca de 20% dos mais de 283 mil domicílios particulares existentes nos 10 distritos que compõem a região central.

Em números absolutos, a região sul lidera em unidades habitacionais sem ocupação permanente com 209,9 mil das suas 1,61 milhão de unidades desocupadas. Para falar sobre este assunto conversamos com Carmen Silva, liderança do Movimento Sem Teto do Centro, que coordena seis movimentos de moradia na região central.

“Segundo dados do IBGE, a quantidade de domicílios vazios na cidade de São Paulo dobrou em 12 anos, o estudo indica que havia 58 mil casas e apartamentos, isso em 2022. Os movimentos de moradia que atuam na região central da cidade de São Paulo desempenham um importante papel ao ocupar prédios ociosos, tendo a oportunidade do trabalhador de menor renda de morar dignamente com plano focado na sua qualidade de vida, morar perto do trabalho, economiza horas para o convívio com sua família, inclusive evitando a degradação total da região central e a desaceleração econômica”, afirma Carmen.

Ela destaca a necessidade que o centro de São Paulo tem de voltar a pulsar com famílias de trabalhadores de menor renda residindo na região e o comércio local funcionando, para evitar a especulação imobiliária, que de acordo com Carmen Silva só tem causado dados sociais.

A Central de Notícias da Rádio Jaraguá-Lbr é uma iniciativa do Projeto “Agora é Lei: Não Se cale”. Este projeto foi realizado com o apoio da 7ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

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